Transparência

A Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE-MG) recebeu nesta sexta-feira, 21 de outubro, 20 estudantes que participam do Programa Imersão, módulo Gestão Pública, da Fundação Estudar. A ação faz uma ponte entre a academia e o mercado de trabalho, promovendo o contato entre jovens profissionais e alunos do ensino superior. O grupo conheceu a Cidade Administrativa de Minas Gerais, as dependências da CGE e conversou com a assessora técnica Camila Montevechi, convidada do programa para contar sua trajetória aos alunos e alunas, e com o assessor especial do Gabinete, Márcio Almeida.

Laura Lima, de 23 anos, estudante de engenharia ambiental na Universidade Federal de Viçosa (UFV) tem projetos de mobilização social de jovens na área de recursos hídricos. Ela disse que o conhecimento adquirido na visita à CGE a ajudou ver que é possível ter bons projetos no setor público. Ela, que participa do Parlamento Nacional da Juventude pela Água, disse que saiu da CGE com uma vontade ainda maior de trabalhar com políticas públicas. “Achava que as coisas não aconteciam, mas vi que é possível”, afirmou. Laura e uma ex-aluna da UFV conquistaram o terceiro lugar numa competição sobre sustentabilidade em cidades, em Paris, no mês de setembro. O projeto apresentado foi o Holoenergy-Energy for All, um modelo de microgeração de energia para comunidades de baixa renda.

Ana Clara Ávila, de 21 anos, estuda gestão pública na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e teve a oportunidade de conhecer várias formas de ingresso no Poder Executivo. Ela já fez estágio na Prefeitura de Contagem, hoje trabalha na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e vê na carreira uma forma de desenvolver políticas públicas relevantes para a sociedade. Já Marcos Vinícius da Silva, de 27 anos, formado em administração pela PUC Minas, pós graduado pela Fundação Getulio Vargas e hoje cursando ciências contábeis na PUC, pretende desenvolver ações para a área de educação. “Quero ser um agente transformador, sendo ou não gestor público. É importante que as políticas causem impacto, transformem a sociedade. Minha visão sobre o serviço público mudou, vi que temos muita gente boa atuando e promovendo melhorias”, afirmou.

CONVITE

Camila Montevechi apresentou sua experiência no setor público e falou sobre a história do controle no Brasil. Formada em gestão de políticas públicas pela Universidade de São Paulo, pós-graduada e mestre pela Fundação João Pinheiro, em Minas Gerais, a assessora participa pela segunda vez do programa, que tem o objetivo de aproximar jovens universitários e recém-formados de pessoas que já estão construindo trajetórias relevantes no setor.

Além de mostrar o papel da CGE no Poder Executivo Estadual, Camila enfatizou o processo de aprofundamento da democracia no país e o controle social. “Após a Constituição Federal, o controle tomou uma nova forma e materializou uma série de benefícios. Instituiu conselhos de políticas públicas, o direito do cidadão de acesso à informação pública, ou seja, o controle fechado e autocentrado começa a ser compartilhado com a sociedade”, afirmou.

“O controle interno alimenta o controle social por meio das políticas de transparência, dos relatórios de auditoria, das ações de punição, enfim, instrumentaliza a sociedade para que ela faça esse papel de controle. Agora, estamos refletindo em qual medida a sociedade consegue agir com essas informações, buscando focar nossas ações no empoderamento da sociedade civil para que ela realmente exerça o controle democrático e social”, completou.

CARREIRA

Márcio Almeida expôs aos estudantes sobre a carreira de auditor. “Um auditor examina, avalia, analisa processos, procedimentos executados por outros órgãos, outras pessoas. Podendo ser, inclusive, de entidades privadas que recebem recursos públicos. O controle é capaz de mitigar os riscos do negócio, de fraude, e na administração pública funciona da mesma forma”, explicou. Ele lembrou que os órgãos devem estar atentos aos riscos de quais fraudes, desvios podem ocorrer e comprometer o resultado da política pública.

A Fundação Estudar atua diretamente com universitário e recém-formados numa tentativa de alavancar os estudos e a carreira. Por meio dos programas Na Prática e Estudar Fora, promove o intercâmbio de jovens com o mercado de trabalho. O Imersão, que trouxe os jovens à CGE-MG, faz parte do programa Na Prática. Cada edição do Imersão explora uma temática: ciência e tecnologia, consultoria, educação, empreendedorismo, gestão empresarial, gestão pública, impacto social, jurídico ou mercado financeiro. Os estudantes têm contato com o dia a dia de quem já atua no mercado e conversam com profissionais de diversas, explorando as possibilidades de carreiras dentro da temática. 

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