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 Transmita Integridade

 

A partir da emergência em saúde causada pela Covid-19 e declarada pelo Decreto NE nº113 de 2020, o Governo de Minas Gerais tem reinventado suas formas de trabalho e os mecanismos de controle têm se adaptado para acompanhar as mudanças necessárias. Pensando nesse cenário de transição para as atividades remotas, campanha da Controladoria Setorial da Secretaria de Estado de Educação (CSET/SEE) fortalece o diálogo com os profissionais da educação em ação preventiva aos conflitos em âmbito administrativos.

A partir de hoje (30/06/20) serão divulgadas, pelas redes sociais da CGE, da SEE e de outros órgãos parceiros, pílulas informativas que visam estabelecer um diálogo com o servidor da educação para fortalecer os valores de integridade, de proteção e cumprimento dos deveres do estatuto do servidor público e criar um canal de interlocução aberto e de parceria em um contexto de transformação e das práticas de trabalho no âmbito da Secretaria de Estado de Educação.  “Já é consenso que o enfrentamento das práticas delitivas vai além da aplicação das penalidades. Nesse intuito, iremos propor ações preventivas em 2020, fomentando a integridade e as boas práticas dos servidores da Educação”, afirmou a controladora setorial da SEE, Marcela Ferreira Dias.

A ação tem a integridade como tema central e se volta para os desafios específicos dos profissionais do órgão frente ao Regime de Estudo não Presencial. Segundo a Coordenadora do Núcleo de Correição Administrativa da SEE, Nathália Mariz, “no dia-a-dia do NUCAD observamos o uso das mídias sociais como um meio para a prática de ilícitos disciplinares, por isso a necessidade de dialogar com os servidores, orientando-os sobre a importância de se atentarem aos deveres previstos nos Estatutos do Servidor e do Magistério”.

O corregedor-geral do Estado de MG, Vanderlei Daniel da Silva, aplaudiu a ação da CSET/SEE. "A ação está completamente alinhada ao Plano de Prevenção de Ilicitos Administrativos da Corregedoria-Geral para o exercício 2020, que tem como um dos objetivos 'promover a cultura da licitude por meio de um processo contínuo de aprendizagem, capacitação e conscientização do servidor público de forma que suas condutas tenham como norte o respeito às normas legais'.  Dessa forma, saudamos a iniciativa que já nasce exitosa pelo seu propósito, ressaltando que prevenir também é nossa vocação!".

Transparência Internacional rk2

A Transparência Internacional - Brasil (TI) divulgou, hoje (29/06/20), a 2ª rodada do “Ranking Transparência no Combate à #Covid-19”. Com 94,9 pontos a transparência das contratações emergenciais no contexto da pandemia foi classificada como “ótimo”, o melhor conceito do ranking, e subiu para a 5ª posição.

Há, atualmente, 2 rankings nacionais que avaliam a transparência dos dados sobre a Covid-19. O da Transparência Internacional avalia a adequação e transparência das informações relativas às contratações emergenciais por parte dos governos dos estados e capitais brasileiras. Já o ranking da Open Knowledge Brasil (OKBR), cuja primeira rodada aconteceu no dia 3 de abril deste ano, avalia os dados epidemiológicos da infecção. Minas mantém-se há 5 semanas com 100% da pontuação nesse ranking.

“Minas conquistou excelente aproveitamento tanto no ranking da Transparência Internacional quanto da OKBR. Isso demostra o esforço de transparência em todas as frentes possíveis, uma epidemiológica, sobre dados da doença, e outra de transparência nas compras e aquisições emergenciais, que são compras muito sensíveis, realizadas em período de muita excepcionalidade”, explicou o controlador-geral do Estado, Rodrigo Fontenelle. “O governo vem tentando dar o máximo de transparência para que possamos ampliar as formas de fiscalização e a lisura desses procedimentos”, concluiu Fontenelle.

Em relação à 1ª rodada do ranking da TI, Minas subiu 33 pontos, o que foi possível com a ampliação da oferta de dados abertos referentes à pandemia no estado, além de divulgação mais clara e assertiva sobre os canais de consulta a esses dados.

“A qualificação e os bons resultados nos rankings de transparência conseguidos pelo Governo do Estado de MG refletem a preocupação diária de toda a equipe do governo de fazer o melhor trabalho, de forma mais transparente, buscando a maior entrega de valor para o cidadão mineiro”, afirmou Carlos Eduardo Amaral, secretário de Estado de Saúde de MG.

“Esse resultado mostra, mais uma vez, o nosso compromisso com a eficiência e a transparência em todos os processos, em especial, nesse momento, dos relacionados às ações emergenciais no contexto da pandemia, e evidencia o respeito com o qual tratamos os recursos públicos e os cidadãos mineiros. O nosso objetivo é assegurar uma utilização racional dos recursos, de forma a oferecer cada vez mais serviços de qualidade para o cidadão, e fazer isso de forma absolutamente transparente. A evolução de Minas Gerais nesse ranking demonstra que estamos conseguindo cumprir o nosso propósito”, considerou o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Otto Levy.

“É com muita satisfação que a Prodemge recebe a notícia dos rankings de transparência de dados. A tecnologia da informação é um importante aliado na prestação de contas à sociedade e no enfrentamento à pandemia. Nossa equipe está dedicada a apoiar o trabalho do Governo do Estado, liderado pela CGE, no sentido de fortalecer cada vez mais a transparência das informações de interesse público”, afirmou o diretor-presidente da Prodemge, Roberto Reis.

“Foram semanas de muito trabalho para a equipe da CGE, da PRODEMGE, da Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG), da Secretaria de Estado de Saúde (SES), dentre outros tantos parceiros do Estado”, afirmou a Subcontroladora de transparência e integridade da CGE, Nicolle Bleme. “Nossa classificação nos rankings reforça a seriedade com que Minas vem tratando a transparência das informações, absolutamente essencial para que a sociedade possa exercer seu papel de controle”.

 

Clique aqui para ver o ranking da Transparência Internacional

Clique aqui para ver o ranking da OKBR

Conheça a seção Covid-19 no Portal de Transparência de MG

 

capa entrevista

O Controlador-Geral do Estado de MG, Rodrigo Fontenelle conversou, hoje (26/06/20), com a Rede Governança Brasil (RGB) acerca de sua gestão no estado e sobre como os órgãos de controle precisam se reinventar perante o novo cenário que estamos vivendo. A RGB é uma rede colaborativa e qualificada tecnicamente composta por servidores públicos, professores e especialistas que trabalham de forma conjunta para disseminar as boas práticas de Governança no Setor Público brasileiro. Confira a conversa:

 

Professor, como os órgãos de Controladoria dos estados podem contribuir, na sua opinião, para fomentar a Governança no setor público brasileiro? Estamos fazendo o controle interno dos órgãos públicos de maneira adequada?

Umas das principais missões de uma controladoria é agregar valor à gestão e isso passa, necessariamente, pela melhoria da governança. Por ser um tema que acabou sendo internalizado primeiro no Brasil pelos órgãos de controle (TCU e CGU na esfera federal), os auditores acabaram tendo uma expertise maior do que o próprio gestor na temática. Então, cabem às Controladorias e Tribunais de Contas repassarem esse conhecimento adquirido, seja por meio de capacitações e, principalmente, por meio de Redes. Quanto à segunda pergunta, ainda temos muito o que aprimorar nesse quesito, principalmente fazendo com que o gestor entenda que essa é uma responsabilidade dele, não da CGU ou TCU.

 
Você esteve nesse ano em um evento sobre melhores práticas em controle e transparência. E dizem que você foi um dos maiores responsáveis pelo sucesso da Rede GIRC e hoje faz parte da Rede Governança Brasil. Na sua opinião, qual a importância e quais devem ser os papéis das redes que englobam órgãos públicos?
 
Sendo bem honesto, é nossa única chance. O trabalho em Rede. A Rede GIRC tem dado certo pelo seu caráter informal e colaborativo. Não existe um dono da Rede, embora, claro, tenha que ter alguém que coordene. Da mesma forma vejo a Rede Governança Brasil. Todos imbuídos de um espírito público elogiável, tentando fazer o máximo para a melhoria da entrega de resultados em todos os níveis (federal, estadual e municipal).
 
Professor, na sua visão, em que nível estão os órgãos públicos brasileiros hoje em termos de integridade e transparência? Gostaria que você comentasse um pouco sobre os avanços após a Lei de Acesso à Informação.

É inegável que a LAI é um marco para o avanço desses temas no país. Também é inegável que temos evoluído nisso, mas ainda precisamos melhorar um pouco a tempestividade das respostas. Só para você ter uma ideia, quando cheguei na CGE tínhamos 232 pedidos de 2017 e 2018 não respondido no Estado. Gastamos 6 meses para zerar todo esse passivo. Outro ponto que merece uma melhor atenção é em relação à qualidade das respostas. Pode melhorar muito.

Em relação à integridade grandes avanços ocorreram desde 2015, com a CGU à frente do processo. O Decreto 9.203/17 foi um importante avanço normativo, fazendo com que órgãos e entidades saíssem da zona de conforto em relação ao tema. No momento, vejo a necessidade de se avaliar a efetividade desses programas como o ponto crucial. Em MG, convido a todos para conhecer o que estamos fazendo sobro o tema no hotsite do Plano Mineiro de Promoção da Integridade – PMPI: http://www.cge.mg.gov.br/pmpi/

Você poderia falar um pouco sobre a campanha de integridade feita no Governo de Minas Gerais? É possível mudar a cultura dos órgãos públicos e da sociedade em termos de integridade?

 
Se eu não acreditasse que é possível não teria tido filhos. Quanto à campanha, teve uma aceitação muito grande entre os servidores, pois foi feita para eles e com eles. Sempre gosto de citar duas frases da campanha, pois conseguem passar o que queremos com esse tipo de ação:

1 – “ A imagem da sua instituição vem do exemplo que você dá. ”

2 – “Não é só uma campanha, é uma cultura em construção. ”

 
Professor Rodrigo, você teve uma ampla trajetória na área de controle de órgãos federais e agora está trabalhando em um governo estadual. Quais as principais diferenças, na sua opinião? É mais complicado trabalhar com controle em um estado ou na União?
 
É sempre complicado (rs). No estado estamos mais perto da população. Se por um lado (principalmente no meu caso, que assumi a Controladoria de um estado com uma imensa crise fiscal), faltam recursos, se comparamos com a União, por outro lado as ações tendem a chegar mais rápido no seu destinatário. O caminho tende a ser mais curto.

Você tem falado em suas palestras sobre a importância do propósito na entrega de resultados pelos servidores públicos. Poderia comentar um pouco sobre isso?

 
Eu brinco que adoro essas palavrinhas (com certeza muito importantes): gestão de riscos, governança, compliance, etc. , mas eu gosto mesmo é de resultado. E para termos resultado precisamos, além desses instrumentos de gestão, a entrega do servidor público. Isso foi um pouco o que quisemos resgatar com a campanha de integridade citada em uma pergunta anterior. Não é apenas ir trabalhar como obrigação. A sociedade espera muito de nós. Temos que retribuir isso. Para a minha equipe lá na CGE eu sempre falo uma frase: quero que vocês saiam todos os dias esgotados, mas com saúde e felizes por terem entregado o melhor de vocês naquele dia.

Sabemos que boa parte dos municípios brasileiros carecem de estrutura em diversas áreas. Como fomentar, na sua opinião, a governança e o controle interno nas prefeituras do país?

É a parte mais difícil. Como falar de governança se boa parte deles não tem nem planejamento? Como falar de riscos sendo que eles não sabem nem o que é segregação de funções? Em MG, que tem o maior desafio, já que temos 853 municípios, montamos uma câmara técnica dentro da nossa Rede de Controle (ARCCO), composta pelos principais órgãos de controle e defesa do estado, para estudar a melhor forma de fazer isso.

Depois de algum tempo atuando na segunda linha de defesa, AECI do extinto Ministério da Fazendo e no extinto Ministério do Planejamento, você retornou a sua origem, a auditoria, terceira linha de defesa (CGE-MG). Quais as principais diferenças que você percebe atuando na segunda e na terceira linhas de defesa?
 
Acho que eu me tornei um melhor auditor tendo passado pela segunda linha de defesa, tendo enxergado mais de perto os reais problemas dos gestores. Vendo o "outro lado", embora eu entenda que todos estamos do mesmo lado, apenas com perspectivas diferentes. Tenho empregado o bom senso e o diálogo com o gestor para buscar primeiro o convencimento em relação às nossas temáticas. É claro que a caneta na terceira linha de defesa acaba sendo mais pesada que na segunda, então, às vezes, isso é necessário. Mas é importante separar o joio do trigo. Quando não punimos um mau gestor, incentivamos a prática do ilícito, mas quando punimos um bom gestor, criamos um desincentivo perigoso que pode culminar até mesmo com o tão falado “apagão das canetas”.
 
Como você vê a atuação dos órgãos de controle durante a atual pandemia? Será necessário revisar a literatura sobre gestão de riscos no setor público após a atual crise?
 
Mais do que nunca é hora de os órgãos de controle entenderem sua importância e papel nesse cenário extraordinário. Se por um lado temos que ter empatia em relação ao gestor que está procurando fazer o certo em um cenário totalmente atípico, por outro temos que zelar pela transparência e aumentar a fiscalização, uma vez que o risco também aumentou devido à flexibilização da legislação.
Mais do que revisar a literatura sobre o tema, talvez seja uma oportunidade de fazer com que os gestores a conheçam melhor. Órgãos e entidades que estão se saindo melhor nesse novo cenário são aqueles que já tinham uma maior maturidade em gestão de riscos. Dessa forma, entendo que o problema está mais no desconhecimento ou conhecimento superficial do tema por parte dos gestores do que propriamente no instrumento. Mas é claro que há espaços para uma melhor abordagem da temática a partir dos aprendizados vividos no período.
Muito se fala na pandemia, mas talvez seja o momento de pensarmos na retomada pós pandemia, ou melhor, em uma retomada em convívio com a Covid. Como a CGE-MG tem se preparado para este momento?
 

Construímos um plano de contingências no começo da pandemia e agora estamos em estágio avançado de um plano de continuidade de negócios. É importante que entendamos o novo contexto, pois é base para qualquer gerenciamento de riscos efetivo. Nesse momento nossa maior preocupação é com o servidor. Como seria de se esperar, há aqueles que lidam bem com um ambiente desafiador como o que estamos vivendo, mas outros “travam”. E o servidor é nosso maior patrimônio. Se ele não estiver bem o trabalho não será bem feito.

Quais legados você pretende deixar na Controladoria-Geral do estado de Minas Gerais?
 
Fizemos nosso Plano Estratégico 2020-2023 ao longo do ano passado e na visão de futuro da CGE consta "Ser referência nacional na área de controle e reconhecido pela sociedade como um órgão de excelência no fortalecimento da integridade pública." Não tenho a pretensão de entregar uma CGE pronta, mas quero deixa-la em condições de seguir seu caminho de forma independente e com excelência. Estamos trabalhando para isso.

Webseminário COGE

Nos dias 6 a 9 de julho, a Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais, em parceria com o Instituto Mineiro de Direito Administrativo, promovem o “Webseminário Direito Administrativo Sancionador. O evento será transmitido por videoconferência de forma 100% gratuita e é aberto a toda comunidade.  

O Webseminário contará com a participação de renomados juristas, palestrantes e moderadores e visa promover debates de importantes temas voltados à atuação da Administração Pública no que tange à responsabilização de agentes públicos e de pessoas jurídicas, tais como a aplicação da Lei de Abuso de Autoridade e da Lei Anticorrupção e as alterações na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, além de instrumentos que visam a solução consensual de conflitos, tudo à luz do Direito Administrativo Sancionador. 

Para mais informações acesse ao hotsite do evento: capacita.cge.mg.gov.br.

 

consulta publica guia

Está aberto o prazo para envio de comentários e sugestões à Consulta Pública sobre o Guia de Transparência Ativa.

O prazo para recebimento de contribuições da consulta pública vai até o dia 10/07/2020 e os interessados podem enviar suas contribuições diretamente no texto do Guia.

Encontre aqui instruções sobre como participar.

 

Sobre o guia

O Guia de Transparência Ativa é uma compilação de obrigações, cujo objetivo é auxiliar no correto cumprimento da Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 - Lei de Acesso à Informação (LAI) e demais normas que regem o assunto.

Além disso, o guia, em conjunto com o checklist de transparência ativa, serve como referência para condução da ação de Avaliação da transparência ativa nos sítios eletrônicos dos órgãos e entidades do Poder Executivo do Estado de Minas Gerais prevista no Plano de Atividades de Controle Interno (PACI) 2020.

O Guia de Transparência Ativa substitui o Guia de Publicação do Menu Transparência publicado em 2018.

 

Governo aberto

Essa iniciativa está alinhada com os princípios de Governo Aberto voltados para promoção da transparência, participação social, integridade, tecnologia e inovação.

Acesse o Guia de Transparência Ativa na íntegra e dê sua contribuição.