Avaliou-se, também, a regularidade dos Termos de Parceria celebrados entre a Administração Pública Estadual e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), por meio de auditorias nos instrumentos celebrados com a Associação de Desenvolvimento da Radiodifusão de Minas Gerais, com o Instituto Cultural Filarmônica, com a Terra da Sobriedade e com a Fundação Israel Pinheiro. Por meio do “Portal de Denúncias” da Controladoria-Geral, foram recebidas 495 manifestações, das quais decorreram 121 trabalhos de auditoria, resultando na emissão de 13 relatórios.
Com o principal objetivo de aprimorar a atuação da CGE, foram nomeados 70 Auditores Internos, aprovados em concurso público realizado em 2012, aos quais foi ministrado curso de capacitação sem custos para a Administração. Neste apresentaram-se conteúdos relacionados às atividades de auditoria, correição administrativa e transparência, além de temas relacionados à gestão pública.
Ainda dentro do tema capacitação, destaque para a preparação durante o ano do Manual de Tomada de Contas Especiais, já em fase final de impressão e com lançamento previsto para janeiro de 2014, documento considerado de grande importância para o aperfeiçoamento e maior agilização dos trabalhos de auditoria. Correição
Já a Subcontroladoria de Correição Administrativa (SCA) deu continuidade aos trabalhos de integração e fortalecimento da atividade correicional nos órgãos e entidades do Poder Executivo. Buscou-se, ainda, “a revisão dos processos de trabalho, de forma a dar maior celeridade e eficácia à atividade de correição administrativa.
A Superintendência Central de Coordenação de Comissões Disciplinares (SCOM) coordenou a instrução de mais de 300 sindicâncias administrativas e processos administrativo-disciplinares, além de ter enviado outros 150 para decisão das autoridades julgadoras. Foi, também, elaborada a metodologia de inspeção correicional, pioneira no país, no âmbito do executivo estadual, para reforçar a eficiência e a tecnicidade da atividade de correição exercida pelas unidades descentralizadas.
A Superintendência Central de Aperfeiçoamento Disciplinar e Apoio ao Reajustamento Funcional (SCAD) realizou nove ações de prevenção de ilícitos administrativos nos órgãos e entidades do Poder Executivo, além de ter capacitado, em parceria com a SCOM, 150 servidores para atuarem em sindicâncias e processos administrativo-disciplinares, medida que vai ao encontro do compromisso do Governo com a cultura da licitude e profissionalização dos agentes públicos estaduais.
A Superintendência Central de Processos Disciplinares (SPAD) fez a análise de cerca de 400 expedientes, com a instauração de mais de 250 sindicâncias e processos administrativo-disciplinares, o que corresponde, aproximadamente, a 65% das denúncias analisadas. Alem disso, a atividade cartorial atendeu mais de 2.500 certidões sobre a situação funcional de servidores estaduais, motivando um projeto de revisão da forma de registro e efetividade das decisões de correição no Sistema de Administração de Pessoal (SISAP).
Transparência
A Subcontroladoria da Informação Institucional e da Transparência (SIT) avançou no incremento da política de transparência e acesso à informação no Estado. Um dos projetos de destaque da área foi o Programa de Apoio à Transparência dos Municípios Mineiros, que resultou no desenvolvimento de um portal de transparência municipal disponibilizado gratuitamente a todos os municípios do Estado. Até o momento, o projeto conta com a adesão de quase 300 municípios, interessados no desenvolvimento da política de transparência em seus municípios.
Além da divulgação das informações orçamentárias e financeiras dos municípios, o Portal da Transparência teve ampliada a quantidade de informações disponibilizadas ao público. Por meio de uma parceria com a Secretaria de Estado da Fazenda, iniciou-se a divulgação de informações sobre contencioso fiscal no Portal da Transparência, bem como informações mais detalhadas sobre a arrecadação estadual.
Como continuidade da política de acesso à informação, foram organizadas em 2013 todas as informações classificadas do Executivo Estadual. A SIT promoveu reuniões com órgãos e entidades estaduais e orientou na elaboração do mapeamento das informações produzidas, de modo que fosse possível ver com clareza quais informações que merecem algum tipo de restrição de acesso ao público, dentro do que a lei estabelece como sigiloso.
Ainda em 2013, a SIT fez a avaliação de todos os sítios governamentais no tocante à transparência e à qualidade das informações disponibilizadas ao público. Para isso, foi utilizado produto já desenvolvido pela área, o Indicador de Transparência dos Sítios Governamentais. O próximo passo é mostrar aos gestores as observações feitas através das avaliações, para que o Estado possa prestar um serviço cada vez mais qualificado ao cidadão.
Visando ao atendimento das demandas trazidas pela Lei de Acesso à Informação, foi elaborado um manual de transparência para que entidades do Terceiro Setor dêem transparência aos recursos públicos recebidos, e prestem contas adequadamente à sociedade.
Isso tudo além das mais de 3000 solicitações de acesso à informação atendidas via Portal da Transparência.
Pesquisa
Na área de pesquisa e desenvolvimento da SIT, dentre outras iniciativas, houve a concepção da metodologia de Auditoria Baseada em Riscos (ABR), cuja proposta constitui novo referencial de auditoria a ser aplicada pelas unidades de auditoria componentes do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo estadual e pela própria Controladoria-Geral do Estado.
O modelo de ABR em referência implica uma mudança de paradigma na execução dos trabalhos de auditoria mediante a transição do modelo de auditoria por áreas para o modelo focado no risco corporativo, concentrado em processos de maior criticidade e calcado em resultados, capaz de identificar, analisar, avaliar e monitorar o tratamento dos riscos, que, de forma direta, expõem os negócios dos órgãos e entidades do Poder Executivo estadual e dificultam o alcance dos objetivos organizacionais.
Idealizado para aplicação em ambientes em que a gestão de riscos ainda não se encontra aplicada, a ABR possibilitará, ainda, a propositura de ações destinadas ao aperfeiçoamento do sistema de controle interno no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública estadual.
Prevenção e combate à corrupção
são metas prioritárias do Governo
A prevenção e o combate à corrupção têm sido metas prioritárias nas ações globais e pontuais do Governo de Minas e várias medidas foram tomadas ao longo de 2013 visando atingir tais objetivos. A maior parte das ações foi e é realizada pela Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE-MG) ou conta com a participação do órgão.
Em Minas Gerais, a administração pública é pautada pela total transparência e gerenciada por uma adequada e eficiente parceria com a sociedade – premissas asseguradas e reforçadas pela CGE-MG ao longo de 2013.
Abrangência Entre outras ferramentas utilizadas neste trabalho de prevenção e combate à corrupção, destaca-se o Portal de Transparência, que oferece à sociedade e a cada cidadão amplas condições de obter, em um mesmo local, as mais diversas informações sobre a gestão pública, como, por exemplo, resultados e gastos com os projetos e políticas públicas do Estado, com o pagamento de pessoal e outros despesas – é o que se traduz no chamado conceito de “transparência ativa”.
Com a principal finalidade de expandir esse direito a todo e qualquer cidadão e tornar mais fácil o acesso às informações, o Governo de Minas desenvolveu e disponibilizou para todos os municípios mineiros, de forma gratuita, ainda, um Portal de Transparência Municipal. Essa ferramenta permite que os municípios cumpram as exigências da Lei da Transparência e da Lei de Acesso à Informação, dando total transparência às suas informações.
Com tal iniciativa, o Governo do Estado permitiu que muitos municípios que apresentavam dificuldades para cumprir as disposições legais (principalmente aqueles com menores populações e área territorial) passassem a ter condições de disponibilizar suas informações aos cidadãos, contribuindo assim para o controle social. Desse modo, a ferramenta que amplia a transparência também auxilia na prevenção à corrupção.
Instrumentos O Portal de Denúncias e a organização das informações produzidas pelos órgãos e entidades, visando agilizar o atendimento dos pedidos de acesso à informação, também constituem importantes instrumentos inibidores da corrupção.
A destacar ainda o Decreto nº 45.604, de 18 de maio de 2011, referente à contratação para cargos de confiança no Poder Executivo no Estado. Pelos seus termos, ficaram impedidos de assumir tais funções pessoas que tenham sido condenadas por crimes praticados na esfera pública ou privada.