O Controlador-Geral do Estado de MG, Rodrigo Fontenelle, participou, hoje (28/05/20), da 8ª edição do FNG Café, live promovida pelo Fórum Nacional de Gestão (FNG), vinculado à Comissão de Planejamento Estratégico do Conselho Nacional do Ministério Público (CPE/CNMP), para falar sobre a gestão de riscos em tempos de crise.
A matéria do portal da CNMP tratou alguns dos principais pontos abordados no programa, confira!
Um dos principais pontos colocados por Rodrigo Fontenelle foi o de que fazer a gestão de risco traz como consequência estar mais apto para gerir a crise. “Uma boa gestão de risco não significa evitar que a crise ocorra, pois nem sempre podemos atuar sobre as causas que levam a uma situação de emergência, mas pode sim mitigar os efeitos e consequências da crise, já que estaremos preparados para o que vem pela frente”, falou.
Para ele, a questão do teletrabalho, imposto ao serviço público por conta da pandemia de Covid-19, serve como exemplo para mostrar quais instituições já faziam gestão de risco. “O plano de contingência para execução do teletrabalho, a partir do decreto de calamidade, já deveria estar prontinho nos órgãos públicos. Quem já estava mais preparado saiu na frente e não precisou fazer nada de forma açodada e que causasse prejuízo às atividades”, disse o convidado.
Plano de contingência
Rodrigo Fontenelle explicou que a tempestividade e a robustez da resposta serão maiores se a instituição já conhece o risco. Para não ser pego de surpresa, o órgão público precisa montar um plano de contingência, que indicará o tratamento adequado aos riscos quando eles se concretizarem.
“Você precisa saber qual seu apetite para cada risco existente. A partir disso, monta-se um plano de contingência para cada um deles. É preciso identificar o risco, avaliá-lo, escolher a resposta e implementar medidas de controle para mitigá-lo ou impedir que se concretize e se torne uma crise”, falou o convidado.
Futuro
Com relação ao novo paradigma que se avizinha por conta da pandemia, Rodrigo Fontenelle disse que duas palavras serão fundamentais para pautar o comportamento de todos: resiliência e empatia.
“Qualquer área de controle, quando colocar seu foco no que está ocorrendo agora, precisará ter cuidado e empatia muito grande em relação aos gestores, pois o cenário atual é muito complexo. Situações extraordinárias requerem atitudes extraordinárias. Uma sede punitiva pode mais atrapalhar do que ajudar. O que será exigido dos controladores internos é o ato de colocar-se no lugar do outro. Isso, porém, não significa que passaremos a mão na cabeça de quem estiver agindo de forma dolosa para perpetuar fraudes”, concluiu Fontenelle.
Veja aqui a íntegra do 8º Episódio do FNG Café.