Noticias

Site.Seminário.Internacional.enfrentamento.corrupção

Nesta ocasião, Rodrigo Fontenelle, o controlador-geral do Estado de MG, participou da discussão do tema “Corrupção, Gestão e Mecanismos de Controle”.

“Pesquisas apontam que o Brasil permanece estacionado e em patamar pouco favorável quando o assunto é percepção da corrupção. Diante deste cenário, o Conselho Nacional de Controle Interno, Conaci, em parceria com a Federação Nacional dos Auditores de Controle Interno Público, Fenaud, com o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado, Fonacate, e com o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle, Unacon, promoveram nesta terça, 27, o Seminário Internacional de Enfrentamento à Corrupção. 

A primeira edição traz como tema central “Como Construir um Futuro mais Efetivo?” e tem como objetivo investigar quais são as novas abordagens relacionados ao fenômeno da corrupção no século XXI, de forma a possibilitar identificação de lacunas e possibilidades para superação. A iniciativa trouxe discussões de alto nível acadêmico e prático sobre questões sensíveis à causa.

Na abertura, o presidente do Conaci, Leonardo Ferraz, ressaltou o critério para a construção do Seminário. “O formato deste primeiro evento foi concebido como escolha, como um recorte que buscou romper com outra platônica cisão – aquela entre teoria e a prática - trazendo para a mesma arena a academia de um lado e de outro o corpo de servidores que em função de suas atribuições funcionais, lidam com a direta ou indireta temática da corrupção”. 

Ele ainda lembrou que, como tudo na vida, a ousadia de tentar algo novo não é isenta de erros e falhas, mas que tentar já é um compromisso, das instituições e dos participantes, em trabalhar sempre para que tratativas importantes como o enfrentamento à corrupção possam tornar o Brasil cada vez mais transparente e eficaz.

 

Como controlar a corrupção 

A professora de Estudos de Democracia na Hertie School em Berlim, Alina Mungiu-Pippidi, foi a responsável pela palestra magna sobre “O Desafio da Superação da Corrupção: mitos e possibilidades”. Segundo ela, o poder é um privilégio e as pessoas que não estão conectados com o governo não tem uma chance justa, mesmo se estiverem no setor público ou operando no mercado. Ela mostrou que as sociedades mais corruptas são aquelas que tem a maior desigualdade no poder, e que a corrupção é uma vantagem injusta. 

Além disso, a professora citou, historicamente, os três jeitos de controlar a corrupção: déspotas esclarecidos, intervenção externa e democrática. Alina demonstrou com exemplos que a democracia é a forma mais justa e com menos consequências negativas para o país. O equilíbrio entre recursos (poder discreto e recursos materiais) e restrições (judiciário autônomo, sociedade civil e liberdade de imprensa) é a chave para o sucesso no controle à corrupção.

Pippidi ainda mostrou o que falta no Brasil para combater à corrupção. “O país é o 70º no índice de 117, por questões como a transparência fiscal que são difíceis de se acompanhar. A pesquisa compara o Brasil com os países vizinhos. As formas para melhorar é por meio da transparência online de gastos públicos, de relatórios, registros, orçamento anual, entre outros”. 
 

Democracia e corrupção

A primeira mesa de discussão foi entre o professor livre docente do School of International Service na American University, em Washington, Matthew Taylor, e o procurador da República em Minas Gerais, Álvaro Ricardo. O tema foi “Democracia e corrupção: discussões necessárias” mediado pelo presidente do Fonacate e da Feunad, Rudinei Marques.

Álvaro iniciou sua apresentação falando sobre as questões históricas que foram construindo a democracia ao longo do tempo. Além de ter mostrado em gráfico o Índice de Democracia de 2019, apontando os pontos que o Brasil erra em gerir a sociedade e comparando com outros países. O professor também ressaltou que há a desmoralização do Direito e da democracia e, assim, a corrupção cresce. 

 

Gestão e corrupção

O controlador-geral do Estado de Minas Gerais, Rodrigo Fontenelle, falou sobre a Auditoria Interna diante da corrupção na segunda mesa do seminário. O tema discutido foi “Corrupção, Gestão e Mecanismos de Controle”. Fontenelle deu exemplos da própria CGE-MG para que os participantes entendessem a relação entre gestão e corrupção.

Outro ponto importante ressaltado por Rodrigo foi o trabalho em conjunto com diversos setores e respeitar todas as competências para que cada um focasse em sua tarefa e apresentasse um resultado positivo. Além disso, a transparência e o controle social são essenciais para o enfrentamento à corrupção. “Essa cultura de transparência, depois de enraizada, é muito importante para qualquer tipo de gestão”, afirma.
 

Participação social

A mesa três trouxe como assunto “Corrupção, sociedade civil e participação social” com a mediadora e auditora Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União de Minas Gerais (CGU-MG), Leice Maria Garcia. A auditora relembrou a fala da palestrante magna na questão da participação da sociedade na corrupção e como ela pode provocar mudanças. Além de ter feito uma provocação sobre como o Brasil pode se transformar em uma sociedade mais universalista ao invés de particularista. 

Os debatedores do tema foram o professor-adjunto, Marco Antônio Teixeira, o professor de Transparência e Governo Aberto para o Inap-Espanha, César Nicandro, e o auditor Federal de Finanças e Controle da CGU-BA, Romualdo dos Santos. Os palestrantes discutiram sobre um Brasil mais transparente para o combate à corrupção e o trabalho da sociedade civil neste contexto.

 

Agenda efetiva no enfrentamento à corrupção

O último painel do Seminário “Caminhos para uma definição de agenda efetiva de enfrentamento da corrupção no Brasil” teve como mediador o auditor Federal de Finanças e Controle da CGU, Marcus Braga. Os debatedores foram a doutora e mestre em Administração pela Faculdade Getúlio Vargas (FGV), Alketa Peci, e o ex-ministro da CGU, Jorge Hage. 

Hage falou sobre o histórico do Brasil de Leis que corroboraram para o enfrentamento da corrupção. Além de mostrar o sistema brasileiro anticorrupção, com diversas leis do instrumental repressivo e preventivo. Segundo ele, medidas concretas de transparência, utilização das grandes bases de dados de compras públicas, criação da CGU e modernização do Controle Interno e fortalecimento do Controle Externo são pontos do plano de construção institucional”.

 

Confira a transmissão: 

https://www.youtube.com/watch?v=mfddLEez_jA (link com tradução simultânea)

https://www.youtube.com/watch?v=IvCjGJogE9A (link áudio original)

Quer conhecer o trabalho completo, materiais relacionados ao tema e sobre os palestrantes? Acesse: www.enfrentamento.com.br

 

Fonte:

Assessoria de Comunicação

Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci)

Email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

capa tce arcco

CGE-MG deixa a coordenação da Rede e apresenta balanço com os principais resultados obtidos durante os últimos 2 anos.

Após eleições realizadas no fim de fevereiro (2021), o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) tornou-se o novo coordenador da Rede de Controle e Combate à Corrupção de Minas Gerais (ARCCO/MG). A Controladoria-Geral do Estado de Minas deixa a coordenação com o fim do segundo mandato e apresenta balanço com as maiores conquistas ao longo desse período.

“Desde abril de 2019 vimos, na prática, o trabalho integrado entre diversas instituições do Estado se materializando em benefícios concretos para a sociedade” afirmou o controlador-geral do Estado de MG, Rodrigo Fontenelle. “Foram dois anos muito intensos e gratificantes. Graças à atuação em rede, deixamos a coordenação após alcançarmos excelentes resultados. Ainda há muito trabalho a ser feito e a CGE continuará atuante”, continuou Fontenelle.

“É com muita honra que o TCEMG assume a Coordenação Executiva da ARCCO. O nosso objetivo é dar continuidade ao excelente trabalho desenvolvido pela CGE-MG, ampliando a articulação de parcerias entre os órgãos públicos nas diversas esferas da Administração Pública, com vistas ao aprimoramento das ações direcionadas à prevenção da malversação de recursos públicos, ao diagnóstico e combate à corrupção, ao incentivo e fortalecimento do controle social e ao compartilhamento de informações e documentos”, afirmou a Superintendente de Controle Externo do TCEMG, Simone Reis de Oliveira.

Destaques

Ações COVID-19

No último ano, para combater irregularidades no combate à pandemia, a ARCCO criou força-tarefa para examinar serviços e compras emergenciais e elaborou o documento “Guia de Orientações Técnicas para Contratações Emergenciais”. Ainda, no primeiro trimestre de 2021, foi lançada cartilha educativa para promover a integridade durante campanha de vacinação contra a COVID-19.

Prevenção

Com o apoio da ARCCO, da Controladoria-Geral da União (CGU), do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE) e da Secretaria Estadual de Cultura e Turismo, a CGE realizou trabalho preventivo que impediu que R$2.664.000,00 deixassem indevidamente os cofres públicos. Saiba mais sobre a operação AQUI.

 

Confira, abaixo, linha do tempo com as principais ações realizadas pela ARCCO durante a coordenação da CGE.

 

Ano de 2019

  • Início do primeiro mandato da CGE à frente da ARCCO.
  • Elaboração e aprovação do Regimento Interno da ARCCO/MG (aprovado em reunião do dia 05/06/2019).
  • Formação das seguintes Câmaras Técnicas (em reunião do dia 02/10/2019):

1) Câmara Técnica de organização do evento em comemoração ao Dia Internacional de Combate à Corrupção (a cargo da CGE);

2) Câmara Técnica para análise de obras inacabadas (a cargo da CGU);

3) Câmara Técnica da estratégia nacional de prevenção à corrupção (a cargo do TCU):

4) Câmara Técnica de controle interno municipal (a cargo do TCE).

  • Realização do Evento em comemoração ao Dia Internacional de Combate à Corrupção/2019 (em 09/12/2019).

 

Ano de 2020

  • Reeleição da CGE para a coordenação da Arcco – início do segundo e último mandato.
  • Criação de Câmara Técnica/GT Covid-19 para acompanhamento das compras realizadas em função da situação de pandemia, principalmente no âmbito municipal (em reunião do dia 14/04/2020, tendo ficado a cargo da CGU). Dessa força-tarefa, derivou-se um subgrupo chamado Investigação de Fornecedores, também coordenado pela CGE. Operações Câmera Técnica/GT Covid-19:

✔ Serviços e compras emergenciais estão sendo examinadas pela ARCCO.

✔ Atuação conjunta entre Polícia Civil e CGE-MG desencadeia operação “MEDTEST”.

 ARCCO aperta o cerco contra irregularidades nas contratações relativas à Covid-19 no Estado.

✔ ARCCO apoia PCMG em operação que interrompeu esquema fraudulento.

  • Elaboração e distribuição do documento “Nota Técnica ARCCO/MG Nº 01/2020”.
  • Elaboração e distribuição do documento “Projeto Transparência COVID-19”.

 

Ano de 2021

  • Publicação do Segundo Termo Aditivo ao Acordo de Cooperação Técnica de 2009 em 23/01/2021.

 

Sobre a ARCCO

Constituída em 2009, a ARCCO é um espaço colegiado permanente composto por órgãos e entidades de controle que atuam perante a administração pública estadual e municipal em todo o Estado de Minas Gerais com o objetivo de trabalhar articuladamente pelo combate à corrupção e aperfeiçoamento da gestão pública.

O Governo de Minas, por meio da Controladoria-Geraldo Estado de Minas Gerais (CGE) concluiu, nesta sexta-feira (23/04/2021), as apurações preliminares relativas às denúncias encaminhadas pela Ouvidoria-Geral do Estado (OGE) em fevereiro e março de 2021. As denúncias versam sobre supostas irregularidades no âmbito da Secretaria de Estado de Saúde (SES) sobre a priorização da imunização do Plano de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

As investigações preliminares apontam que há indícios de irregularidades, como a inobservância de normas e da ordem de priorização dos grupos para vacinação, do valimento indevido do cargo público e da aplicação indevida de verbas públicas para os imunizantes da Covid-19, que justificam a instauração de processos administrativos disciplinares (PAD) contra três servidores da SES.

A partir de agora, esses servidores terão oportunidade de apresentarem defesa, que será analisada pela comissão do PAD que acompanhará o processo.

As investigações serão encaminhadas ao Ministério Público e a Comissão Parlamentar de Inquérito que também investigam a matéria. Vale ressaltar que os agentes políticos não estão sujeitos à aplicação do Regime Disciplinar (Lei Estadual n° 869/1952).

Em função da extensão das apurações e dos indícios levantados pelas investigações preliminares, a realização dos trabalhos continua, através de novos procedimentos correcionais e de auditoria, para aprofundar as investigações.

DCS imagemnoticiaportal16042021

 

A Controladoria-Geral do Estado de MG (CGE) disponibilizou os código fontes do Sistema dos Conselhos e do Portal dos Conselhos, plataformas digitais desenvolvidas pelo órgão que consolida e sistematiza, em um só endereço, diversas informações sobre os conselhos de Minas. O objetivo da ação é promover o incremento e aprimoramento da rede de políticas de controle social no país.

"Os conselhos participativos são avanços democráticos muito alinhados ao controle interno. O Portal foi desenvolvido no intuito de promover mais transparência e gestão da informação para esses conselhos e para os cidadãos”, explicou Thomaz Anderson, Superintendente de Integridade e Controle Social da CGE. "Disponibilizar esses códigos possibilita que outros entes da federação tenham acesso a ferramentas que proporcionam o fortalecimento da governança e do controle social", concluiu Thomaz.  

O Portal dos Conselhos permite a qualquer cidadão a consulta a atos normativos, o acesso às pautas e atas das reuniões dos conselhos, a extração da lista de membros, a leitura de notícias relevantes para a participação social e o acesso às capacitações diretamente relacionadas com o controle social. Já o Sistema dos Conselhos permite que as secretarias executivas otimizem a gestão dos conselhos sob sua responsabilidade e recebam comunicados e informativos dos administradores da plataforma.

A CGE elaborou, ainda, o procedimento operacional padrão (POP) para orientar os entes públicos e as organizações da sociedade civil sobre os meios e requisitos necessários para obtenção dos códigos-fonte e implementação das ferramentas.

Clique aqui para acessar o POP.

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

Sobre o Portal dos Conselhos

Ganhador de menção honrosa no Prêmio Inova 2020, o Portal dos Conselhos aumenta a transparência e organiza as informações dos conselhos participativos, além de aproximar o controle social do controle interno.

Criado no fim de 2019 pela Controladoria-Geral do Estado de MG, o Portal é uma ferramenta que amplia as possibilidades de controle exercido pelos cidadãos e pelas cidadãs mineiras ao sistematizar, em um só endereço, as informações relativas aos conselhos mineiros.

O Governo de Minas possui, em sua estrutura, mais de 50 conselhos de políticas públicas, percebidos pela sociedade como instrumentos importantes para a realização do controle social e de participação cidadã. Até a implementação do Portal, apenas 32% possuíam sites próprios, sem que existisse um padrão para a divulgação e transparência das informações. O Portal surgiu como ferramenta para gestão sistematizada dessas informações e, atualmente, concentra dados atualizados de quase 50% dos conselhos.

O desenvolvimento do portal também objetivou diminuir os custos transacionais dos conselhos interessados em divulgar suas informações para um público mais amplo, uma vez que oferece para as instituições participativas um sistema em que é possível inserir todos os atos normativos produzidos, atualizar o nome dos membros, divulgar as pautas e registrar as atas de suas reuniões.

 “O Portal dos Conselhos possibilita que o controle social seja impulsionado a partir da combinação entre transparência, gestão da informação e estímulo à participação da sociedade”, afirmou Silvio Zakhia, diretor de controle social da CGE.

 

Visite o Portal dos Conselhos!

 

O que são Conselhos?

Conselhos são instituições participativas – IPs, assim como os comitês de políticas públicas - que contemplam representantes da população e membros do poder público estatal em práticas que dizem respeito à elaboração, implementação e gestão de bens e serviços públicos.

Elas são espaços de articulação entre Estado e sociedade, nos quais as decisões sobre políticas públicas envolvem um processo de discussão e busca de acordos públicos para atendimento ao conjunto da sociedade. Estas instituições são fundamentais para a efetivação da participação popular e do controle social sobre as políticas públicas e sobre a administração pública como um todo.

Podcast 23

Nesta ocasião, confira o bate-papo sobre a acessibilidade nos portais governamentais e a importância da atuação do controle interno para a inclusão digital.

Neste 23º episódio do PodeFalar, o convidado da vez foi o professor doutor em ciência da computação, André Freire, que conversa com o Superintendente Central de Integridade e Controle Social da CGE-MG, Thomaz Barboza. Discute-se sobre a acessibilidade nos portais governamentais, e como o controle interno pode ampliar a inclusão digital.

No episódio, André fala sobre a confluência entre a acessibilidade e a usabilidade no contexto técnico. “A acessibilidade é uma extensão da usabilidade, o que inclui as pessoas com deficiência. Não se trata apenas de atender normas, mas também de propiciar acessibilidade nos portais de forma efetiva”, afirma.

André comenta que há escassez para o suporte em questão, uma vez que existem portais governamentais que apresentam muitos problemas básicos de acessibilidade. Assim sendo, conhecer as pessoas que farão uso do sistema é fundamental para atender às suas reais necessidades.

O 23º episódio já está disponível nas principais plataformas digitais. Não deixe de ouvir e compartilhar esse podcast!

Assista à entrevista pelo YouTube (clique aqui) ou ouça na plataforma de sua escolha: Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts, Anchor.