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O provimento das 70 vagas de auditor interno aprovados em concurso de cargos de carreira realizado em 2012 e a realização de novos seminários envolvendo as três Subcontroladorias da Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (de Auditoria e Controle de Gestão, de Informação Institucional e da Transparência e da Correição Administrativa) foram, entre outras, ações anunciadas pelo Controlador-Geral, professor Plínio Salgado, na abertura do primeiro encontro do ano da CGE-MG com os auditores setoriais e seccionais do Estado. O encontro, realizado no salão plenário da Cidade Administrativa no último dia 8 de março, teve como principal objetivo promover um balanço das atividades desenvolvidas em 2012 e apresentar os principais projetos a serem implantados este ano pelas três Subcontroladorias e suas unidades e pelo Gabinete.

Além do Controlador-Geral do Estado, compuseram a mesa os subcontroladores Eduardo Fernandino, de Auditoria e Controle de Gestão; Margareth Travessoni, de Informação Institucional e da Transparência; e Mônica Aragão, da Correição Administrativa. Além do temas acima, o professor Plínio Salgado falou ainda sobre a criação de uma equipe especializada em auditoria para promover um curso preparatório para os novos auditores e destacou o remanejamento de cargos comissionados de auditor setorial da Administração Direta do Poder Executivo para o quadro da Controladoria-Geral do Estado e a realização do 1º Seminário de Direito Administrativo Disciplinar e do Seminário “Reflexões sobre o Dia Internacional de Combate à Corrupção”.

Após relembrar e destacar outros eventos e trabalhos desenvolvidos em 2012, o Controlador-Geral do Estado revelou que, em outubro deste ano, um novo seminário deverá ser realizado: “Já existe uma comissão formada para organizar um seminário de discussão envolvendo as três Subcontroladorias da GGE”. Ao final de sua apresentação, citou a criação do Manual de Tomadas de Contas Especiais, em cujo procedimento se atesta a observância do contraditório e do direito à ampla defesa aos servidores e agentes que respondam a processos administrativos.

Reflexões

Na sequência, o Subcontrolador de Auditoria e Controle de Gestão, Eduardo Fernandino, fez uma reflexão sobre as atuações das auditorias no Estado nos dois últimos anos: “Eu vejo que, no decorrer desses anos, fomos aprimorando nossa forma de atuação; todavia, ainda precisamos melhorar nossa forma de trabalhar”. Fernandino apontou ainda a importância das auditorias procurarem a Controladoria-Geral do Estado para colher subsídios em suas atuações e apontou novidades para este ano: “Estamos trabalhando em um projeto pioneiro, uma nova estruturação da modelagem para auditagem da Parceria Pública Privada Prisional, a ser implantada em 2014. Vamos analisar mais de 380 indicadores que serão avaliados e auditados para que, a partir de ano que vem, possamos iniciar a auditagem da PPP Prisional.”

Em seguida, a Subcontroladora da Informação Institucional e da Transparência, Margareth Travessoni, destacou alguns dos muitos eventos e trabalhos realizados ano passado, como a 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social (Consocial), o lançamento da cartilha “Voto Responsável” e a responsabilidade de assumir o Portal da Transparência, que oferece ao cidadão o acesso à informação no âmbito do Poder Executivo Estadual. “Para este ano, já estamos trabalhando na ampliação e melhoria do Portal da Transparência, na criação de redes sociais para que os jovens tenham a oportunidade de maior participação na gestão pública e na abertura de um edital para concurso de aplicativos, que tem como objetivo fomentar a cultura de utilização de dados abertos governamentais e incentivar o controle social”, disse Margareth Travessoni.

Para completar a participação da mesa, a Subcontroladora de Correição Administrativa, Mônica Aragão, abordou os desafios e as atividades desenvolvidas, destacando que “uma das atividades que marcaram esta Subcontroladoria foi o trabalho realizado em conjunto com a Auditoria. Durante um período de aproximadamente quatro meses, nós nos reunimos e debatemos algumas propostas sobre a normatização relativa à correição realizada pelas auditorias. A idéia que começou em 2012 e se desenvolve e se expande agora em 2013 é de, cada vez mais, estarmos afinados”. Relembrou ainda o lançamento do Manual Prático de Prevenção e Apuração de Ilícitos Administrativos, que será disponibilizado no mês de abril, além de pontuar a realização de cursos de capacitação para servidores estaduais, entre outros.

Ao final, foi aberto espaço para debate entre os componentes da mesa e os auditores, objetivando-se a abordagem e esclarecimento dos temas tratados.

Dentro da política do Governo de Minas Gerais de ampliar permanentemente a interação entre o poder público e a comunidade, o Portal da Transparência da Controladoria Geral do Estado de Minas Gerais (CGE-MG), que já ocupa posição de destaque entre os portais deste tipo nas esferas público-administrativas do país, deve ser aprimorado ainda este ano para melhorar ainda mais o acesso à informação.A previsão é da subcontroladora de Informação e da Transparência da CGE-MG, Margareth Travessoni, que deu início, na semana passada, na Cidade Administrativa, a um processo de levantamento de melhores práticas e requisitos em processos de transparência, prevenção e luta contra a corrupção. O benchmarking começou com uma reunião destinada à apresentação de trabalhos da Everis, empresa de consultoria contratada para esta ação, cujo objetivo é justamente a constante melhoria e aperfeiçoamento do Portal de Transparência.

Os serviços de consultoria são coordenados pela Subcontroladoria da Informação Institucional e da Transparência, através da Diretoria Central de Técnica e Operacional da Transparência Institucional, unidade da CGE-MG responsável pelo Portal da Transparência.

Segundo o diretor da Superintendência Central de Promoção e Integridade Funcional e da Transparência Institucional da CGE, Fernando Antônio Sette Pinheiro, não se trata de uma reformulação no portal, e sim de um “levantamento de novas práticas e requisitos com o objetivo de aperfeiçoar ainda mais essa já importante ferramenta de interação entre os diversos setores do poder público e a sociedade”.

A apresentação foi iniciada pelo diretor de Técnica e Operação da Transparência Institucional, Rafael Grossi Gonçalves Pacífico, que destacou o trabalho desenvolvido e o empenho da equipe para atingir, com agilidade, as metas propostos.

Segundo ele, inicialmente, foram identificados e tratados dez produtos, entre eles o estudo de novas práticas, a investigação e levantamento de informações, a especificação de requisitos funcionais e não funcionais e termos de referência.

Pela Everis, fizeram apresentações o diretor de Governo, Manuel Galilea Fernandez, e o líder de Projetos, Rodrigo Azevedo, que descreveram o roteiro do trabalho realizado, destacando que foram estudados os portais de transparência de cinco países, além do Brasil: Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos (Massachusetts) e Reino Unido. No Brasil, foram analisados os portais de São Paulo, Ceará e Espírito Santo, sempre buscando a observação de novas práticas relacionadas a conteúdo, funcionalidade, organização, usabilidade e especificidades.

Segundo a CGE-MG, as análises continuam sendo realizadas. Os próximos passos incluem a participação e colaboração do cidadão no objetivo final, o desenvolvimento de um processo de evolução do portal com foco na usabilidade, acessibilidade e segurança, a extensão da funcionalidade para plataformas móveis, dentre outras medidas.

Na última semana, a Controladoria Geral do Estado promoveu o I Seminário de Direito Administrativo Disciplinar, por meio Subcontroladoria de Correição Administrativa. O encontro reuniu cerca de 500 pessoas na Cidade Administrativa, entre servidores da Subcontroladoria de Correição Administrativa, auditores seccionais e setoriais das unidades de auditoria dos órgãos e entidades e comissões parceiras.

O objetivo da iniciativa foi aprofundar os estudos e discussões relacionados à condução dos processos administrativos disciplinares, visando principalmente a implantação e o uso de novas metodologias e de uma leitura modernizada da atividade correicional.

O controlador-geral do Estado de Minas Gerais, professor Plínio Salgado, conduziu o evento e enfatizou a importância do tema para a tomada de decisões dos servidores ligados ao setor.

“Apesar do vertiginoso avanço do Direito Administrativo Disciplinar, ainda existem muitas questões cujas soluções nem sempre são compatíveis com a disciplina constitucional administrativa, daí a necessidade da promoção de eventos como este para oferecer subsídios capazes de contribuir para o melhor ordenamento e condução dos processos administrativos disciplinares, não necessariamente abertos para punir”, enfatizou o controlador-geral.

Durante o encontro, foi apresentado, ainda, o “Manual Prático de Prevenção e Apuração de Ilícitos Administrativos”, que será disponibilizado no início de 2013.

Também estiveram presentes no encontro o secretário da Estado da Fazenda, Leonardo Mauricio Colombini Lima, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, o diretor-geral da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae), Antônio Abrahão Caram Filho, o presidente da Associação de Direito Público do Mercosul e professor de Direito Administrativo, Romeu Felipe Bacellar Filho, o procurador do Estado e Mestre em Direito Administrativo, Alessandro Henrique Soares Castelo Branco, dentre outras personalidades do setor.

Desde a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011), o Portal da Transparência da Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais recebeu mais de 1.200 pedidos de acesso, sendo respondidas, até o fim de 2012, mais de 92% das solicitações, sendo que as respostas às demais solicitações estão em fase de atendimento. O tempo médio de resposta em 2012 foi menor que o prazo máximo informado na lei, fechando em 14,36 dias (ver quadro).

Em Minas Gerais, o Decreto nº 45.969, de 24 de maio de 2012, que regulamentou a Lei de Acesso à Informação no âmbito do Poder Executivo estadual, exigiu, para a sua concretização no Estado, investimentos em recursos tecnológicos e humanos, além da conscientização dos servidores quanto à sua importância e aplicação em sua atividade diária. E, para assegurar o direito de acesso à informação às pessoas naturais e jurídicas, foi preciso modificar algumas rotinas para adequá-las à Lei e torná-las procedimentos objetivos e ágeis, em linguagem de fácil compreensão.

É importante destacar que, desde 2008, o Estado de Minas Gerais já tem regulamentação obrigando a todos os sítios eletrônicos institucionais a disponibilizarem canal de atendimento eletrônico ao cidadão, utilizado para dúvidas, sugestões, elogios e críticas dos cidadãos a serviços prestados pelo Estado.

2012 Quantidade Percentual
Total de demandas 1265 100,00%
Demandas respondidas 1167 92,25%
Demandas em atendimento 97 7,67%
Sigilo 1 0,08%
Tempo médio de resposta 14,36 dias

Observa-se ainda (quadro abaixo) que a maior parte das informações foi respondida pela própria Controladoria-Geral do Estado, com um percentual de 39,53%. A Secretaria de Estado de Educação foi a segunda colocada no ranking de pedidos, responsável por 30,75% das informações prestadas aos cidadãos mineiros.

Órgão Quantidade Percentual
Controladoria-Geral do Estado 500 39,53%
Secretaria de Estado de Educação 389 30,75%
Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão 102 8,06%
Secretaria de Estado de Fazenda 57 4,51%
Secretaria de Estado da Saúde 26 2,06%
Secretaria de Estado de Governo 22 1,74%
Secretaria de Estado de Defesa Social 19 1,50%
Departamento de Estadas de Rodagem 16 1,26%
Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas 12 0,95%
Polícia Civil de Minas Gerais 10 0,79%
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico 10 0,79%
Outros 102 8,06%

Canais de solicitações

Segundo o Decreto nº 45.969, as solicitações de acesso à informação em Minas Gerais podem ser realizadas através de três formas: presencial, telefônico e eletrônico. O atendimento presencial é realizado através das Unidades de Atendimento Integrado (UAIs) disponíveis em diversas regiões do Estado; o telefônico é realizado pelo LigMinas (155), canal já instituído de comunicação com o cidadão; e o eletrônico através do Portal da Transparência.

A Subcontroladoria de Correição Administrativa da Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (SAC-CGE) promove nesta sexta-feira (14), às 9h, no auditório Juscelino Kubitschek, na Cidade Administrativa, o I Seminário de Direito Administrativo Disciplinar. O objetivo é promover a discussão, revisão, aprimoramento, criação, instrumentalização e divulgação de medidas que objetivam uma releitura do poder correicional no Estado.

Tendo como sub-tema a “Prevenção de Ilícitos Administrativos e o Aperfeiçoamento da Atividade Correicional”, o seminário cresce de importância tendo em vista a crise do Estado Social e a transição para o Estado Democrático de Direito e, especialmente, pela necessidade de reinterpretação de diversos conceitos da Administração Pública devido à nova concepção suscitada por esse novo paradigma.

O evento será aberto pelo professor Plínio Salgado, às 9h do dia 14, seguindo-se a apresentação do novo Manual Prático de Prevenção e Apuração de Ilícitos Administrativos pela subcontroladora de Correição Administrativa da CGE/MG, professora Mônica Aragão Martiniano Ferreira e Costa.

Tendo como público alvo todos os servidores da SCA, auditores seccionais e setoriais das unidades de auditoria dos órgãos e entidades e comissões parceiras, o Seminário deverá reunir cerca de 500 participantes, tendo ainda como objetivos específicos a ampliação das atividades de correição administrativa nas unidades de auditoria setoriais e seccionais de controle interno, de que trata a Lei Delegada nº 180/2011; a realização de ações de divulgação sobre o regime disciplinar e que visam coibir a incidência de ilícitos administrativos, como orientação sobre deveres e responsabilidades dos servidores, ilícitos administrativos, apuração de irregularidades, proibições e procedimentos de correição administrativa; discussão, revisão, aprimoramento, criação, instrumentalização e divulgação de medidas que objetivam estabelecer procedimentos operacionais atinentes à atividade de correição; fomento à cultura da licitude; apresentação e discussão de questões pontuais e polêmicas relacionadas ao aperfeiçoamento do regime disciplinar e da atividade correicional; e a necessidade de estabelecimento de ações que contribuam para melhoria institucional das atividades correcionais existentes.