Noticias

A Ouvidoria-Geral do Estado (OGE) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE) editaram uma resolução conjunta para disciplinar o trâmite de manifestações entre os dois órgãos. A OGE encaminhará à CGE manifestações que configurem denúncias de lesão ou de ameaça ao patrimônio público, malversação dos recursos públicos, ilícitos praticados por servidores, além de outras matérias da competência da Controladoria, para que ela apure.

OGE e CGE assinam resolução para disciplinar trâmite de manifestações entre os dois órgãos

Da mesma forma, a CGE encaminhará manifestações que sejam de competência da Ouvidoria, além de reclamação sobre prática de assédio moral. Os dois órgãos utilizarão o sistema eletrônico de tramitação de manifestações. Para a ouvidora de Fazenda, Patrimônio Público e Licitações Públicas, Maria Elisa Braz Barbosa, “a maior integração entre a OGE e a CGE visa facilitar o controle social dos órgãos e das entidades que compõem a administração pública e, por consequência, propiciar o aperfeiçoamento da gestão pública, das políticas e dos programas governamentais”.  Ela acredita que a integração do sistema de controle interno fortalece a administração pública e, também, a OGE. “A gente faz essa interface entre o cidadão e o Estado. Chegando aqui (a manifestação) nós não só encaminhamos, nós acompanhamentos como a apuração está acontecendo nos outros órgãos”, afirma Maria Elisa. “O cidadão tem de saber que as manifestações são sempre bem-vindas e respeitosamente consideradas”, finalizou.

Com assessoria da OGE

A Controladoria-Geral de Minas recebeu, nesta quarta-feira (16/09), a visita de representantes do Tribunal de Contas da União em Minas. Estiveram presentes o Secretário de Controle Externo, Marcelo Tutomi, e os assessores José Domingos e Lúcia Braga. Durante a reunião com o Controlador-Geral, Mário Spinelli, e o Assessor Especial de Gabinete, Márcio Amaral, foi debatida a possibilidade de ações coordenadas entre os órgãos de combate à corrupção. Mário Spinelli ressalta que esta integração é de fundamental importância para combater a corrupção no país.

Há, entre a CGE-MG, TCU e outros 16 órgãos públicos e entidades um acordo de cooperação vigente com a finalidade de desenvolver ações direcionadas à fiscalização da gestão pública, ao diagnóstico e combate à corrupção, ao incentivo e fortalecimento do controle social, ao tráfego de informações e documentos, ao intercâmbio de experiências e à capacitação dos seus quadros.  

Desenvolver estratégias conjuntas, viabilizar informações a troca de informações de forma ágil e sistemática, com compartilhamento de dados e documentos, contribuir para o fortalecimento do controle social, como forma de atuação preventivo ao combate à corrupção, estão entre as atribuições dos órgãos que assinaram o acordo de cooperação técnica.

“Este foi o maior encontro de controle interno já realizado no Brasil o que demonstra claramente a importância e relevância deste tema para o país”, afirmou o Controlador-Geral do Estado de Minas Gerais Mário Spinelli durante encerramento do XI Encontro de Controle Interno nesta quinta-feira (10/09).

Ontem e hoje mais de 700 pessoas de diversos órgãos de combate à corrupção no país, incluindo os controladores de todos os estados brasileiros e das capitais, juízes, membros do Ministério Público, delegados de polícia, chefes de corregedorias, auditorias e ouvidores, entre outros, participaram de painéis relacionados aos desafios do controle interno na luta contra a corrupção.

Gustavo Ungaro, presidente do Conselho Nacional de Controle Interno, órgão parceiro da CGE-MG na organização do evento, destacou que o encontro propiciou novos elementos para que os controladores estaduais, membros do Conaci, possam debater mais a fundo, durante reunião técnica que acontece nesta sexta-feira. “Os temas foram abordados de forma profunda propiciando uma contribuição real ao avanço do controle interno e detectando dentro das quatro macro funções do controle interno no Brasil, os desafios, as oportunidades, que ainda dificultam o controle da corrupção e também identificando novas oportunidades para as políticas públicas nessa área”, acrescentou.

O ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, ressaltou também a importância do encontro para o fortalecimento dos órgãos de controle interno e destacou que “nenhum órgão sozinho dá conta do combate à corrupção”. “Ninguém tem o monopólio dessa luta, é preciso humildade, articulação e cooperação”, destacou. Ele participou do painel com o tema “A Lei Anticorrupção e os Novos Desafios do Controle Interno”.

A eficiência da auditoria governamental para prevenção de irregularidades e melhoria da gestão e as parcerias interinstitucionais como meio para potencializar a efetividade das ações de controle interno também foram temas de palestras no último dia do encontro. 

XI Encontro Nacional de Controle Interno termina com recorde de público

Foto: Marcelo Sant Anna/Imprensa MG

 

Estados e municípios poderão, a partir de agora, contar com um decreto modelo para regulamentar a Lei nº12.846/2013, conhecida como Lei Anticorrupção. O texto, criado pelo grupo de trabalho formado pela Controladoria-Geral do Estado de Minas (CGE-MG), Controladoria-Geral do Município de São Paulo e pela Secretaria de Estado de Controle e Transparência do Espírito Santo, foi aprovado nesta sexta-feira (11/9) durante a 16ª Reunião Técnica do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci), realizada em Belo Horizonte. 

Segundo levantamento feito pelo Conaci, atualmente apenas cinco estados brasileiros regulamentaram a Lei Anticorrupção. “A proposta de um modelo padrão tem como principal objetivo induzir que todos os estados e municípios brasileiros regulamentem e apliquem a lei”, observou o Controlador-Geral de Minas, Mário Spinelli. 

Ele destacou que a regulamentação é fundamental para penalizar adequadamente as empresas que pratiquem ato de corrupção e assim reduzir a impunidade. O texto aprovado pelos membros do Conaci estabelece, por exemplo, critérios para a aplicação das multas, os detalhes dos acordos de leniência e quem tem competência para celebrá-los.

Dentre as principais diretrizes da proposta estão: previsão de etapa de investigação preliminar, publicação do nome da empresa no momento da instauração do processo administrativa de responsabilização, definição da multa-base, em função da gravidade e da repercussão social da infração e criação de fundo de combate à corrupção com os recursos provenientes das multas aplicadas. A minuta está disponível no site da CGE-MG. 

No âmbito federal, a lei foi regulamentada em maço. Em Minas, a regulamentação foi feita por meio do decreto nº 46.782, assinado pelo Governador Fernando Pimentel em junho. 

Lei de Acesso à Informação

Durante a reunião técnica foi criado um grupo de trabalho, que será coordenado pela Controladoria-Geral de Minas, para elaborar uma minuta padrão para a regulamentação da Lei de Acesso à Informação, em vigor no país desde 2011 e regulamentada pelo governo federal em 2012. Ainda há hoje no Brasi 12 estados e centenas de municípios que não regulamentaram esta lei. 

Estados e municípios poderão usar decreto padrão para regulamentar Lei Anticorrupção

O papel do controle interno na luta contra a corrupção foi tema de destaque no primeiro dia do XI Encontro Nacional de Controle Interno, realizado nesta quarta-feira (9/9), em Belo Horizonte. Durante a abertura do evento, o Controlador-Geral do Estado de Minas, Mário Spinelli, destacou a importância do fortalecimento das instituições para combater este mal.

“Os países que mais avançaram na luta contra a corrupção foram nações que promoveram reformas institucionais, que fizeram com que o Estado e os cidadãos pudessem responsabilizar adequadamente os corruptos e corruptores e é isso que falta no Brasil. Nesse momento, fortalecer o controle interno é, sem dúvida, uma medida indispensável. Nós que somos agentes de controle interno temos todas as condições de impedir a impunidade”, afirmou.

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão, destacou que o grande desafio é fazer com que as organizações públicas tenham governança, integridade e transparência. “Não podemos esperar a transformação cultural das pessoas e da sociedade, nem mesmo a transformação individual de cada agente público para combater esse mal. Precisamos semear a boa gestão e o controle como instrumentos fundamentais para garantir que as organizações sejam impermeáveis à corrupção”, acrescentou.

Já o presidente do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci), Ouvidor-Geral do Estado de São Paulo, Gustavo Ungaro, observou, durante seu discurso, que “é preciso realçar que a atividade de controle poupa recursos, identifica desperdícios e superfaturamentos, propicia reparações e indenizações ao erário, contribui para o aumento da arrecadação e para sua adequada utilização”.

De acordo com Secretário da Casa Civil e Relações Institucionais de Minas Gerais, Marco Antônio de Rezende Teixeira – representante do governador Fernando Pimentel – o aperfeiçoamento dos instrumentos de controle, “que tem um passado recente no país”, é extremamente necessário para melhorar a eficiência do setor público.

Também participaram da abertura o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Sebastião Helvecio, o Controlador -Geral de Belo Horizonte, José Maia, e a ex-presidente do Conaci, Ângela Silvares. 

Palestras

O primeiro dia do evento contou com cerca de 700 participantes. Além dos desafios e perspectivas do controle interno na luta contra a corrupção, foi tema de palestras na tarde de hoje ouvidoria, gestão das politicas de transparência e acesso à informação e o papel do controle social e a nova lei do terceiro setor.

O XI Encontro Nacional de Controle Interno continua amanhã. Entre os palestrantes desta quinta-feira estão o ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, o Delegado da Polícia Federal e Diretor do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, Ricardo Saadi e o presidente do Movimento do Ministério Público Democrático e o Promotor de Justiça de São Paulo, Roberto Livianu.

Desafios na luta contra a corrupção é destaque no XI Encontro Nacional de Controle Interno

Foto: Carlos Alberto / Imprensa MG